sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"Rolezinhos" no Shopping

Os "rolezinhos", encontros de jovens que têm dominado os shoppings do país e causado certo furor entre lojistas e frequentadores de tais estabelecimentos, revelam a nova identidade social brasileira. Representam a ascensão da classe média brasileira, seu forte poder de consumo e sua vontade de comprar e ter lazer.
Evidentemente, a reunião de tantas pessoas, simultaneamente, pode causar surpresa e certa dificuldade em manter a ordem. Entretanto, o espanto que muitos têm demonstrado diante desse fenômeno é incompatível com as informações que há tempos são alardeadas sobre o aumento do poder de compra da classe média.
Na verdade, ignorar esse potencial seria negligenciar parcela significativa do mercado brasileiro. Segundo o Instituto Data Popular, a classe média consome, anualmente, cerca de R$ 1,03 trilhão. Esse perfil de consumidor tende a aumentar, já que passará de 52% da população, em 2012, para 57% em 2022.
Quando consideramos o público jovem, tal perfil torna-se ainda mais relevante. Em 2012, o Brasil possuía 42 milhões de jovens entre 18 e 30 anos de idade, 55% deles na classe média.
Em pesquisa mais recente, o Data Popular verificou que 54% dos jovens vão a shoppings uma vez por mês (a média geral é de 3,3 visitas ao mês). No que tange ao consumo, jovens de classe C têm poder de consumo de R$ 129 bilhões, os da classe D dispõem de R$ 19,9 bilhões, enquanto os das classes A e B somam R$ 80 bilhões.
Para os shoppings, parece ser mais interessante acostumar-se aos rolezinhos e aproveitar para oferecer boas oportunidades de compras e lazer para seus frequentadores.

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